UEMS participa do “Encontro de Alto Nível Brasil-Chile sobre a Rota 4 – Bioceânica de Capricórnio”
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) participou do “Encontro de Alto Nível Brasil-Chile sobre a Rota 4 – Bioceânica de Capricórnio”, evento organizado pelo Governo Federal do Brasil juntamente com o Governo chileno, que ocorreu na sede da Confederação Nacional da Indústria – CNI, em Brasília/DF. Participaram a titular do Ministério de Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, que esteve acompanhada do presidente chileno Gabriel Boric e por integrantes da alta cúpula dos dois países. O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, também esteve presente como liderança maior do Estado de onde tem início a Rota Bioceânica, a partir do município de Porto Murtinho.
A UEMS recebeu convite oficial da Secretaria de Articulação Institucional do Governo Federal e esteve representada pelo reitor Laércio de Carvalho, que participou da “Mesa Redonda de Oportunidades de Negócios e Investimentos do Corredor Bioceânico de Capricórnio”. Demais autoridades como o responsável pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), Jaime Verruck, o presidente da Federação das Indústrias do MS (Fiems) e vice-presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Sérgio Longen, e o reitor da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Jones Dari Goettert, também acompanharam a Mesa.
Para o governador Eduardo Riedel, que integrou a mesa redonda “Oportunidades de Negócios e Investimentos para o Corredor Bioceânico”, as relações comerciais entre Mato Grosso do Sul e o Chile estão harmônicas e a rota estará operacional em 2027, se consolidando como um marco de desenvolvimento para o continente sul-americano.

“Mato Grosso do Sul vai ser muito beneficiado. Nós estamos fazendo investimentos extremamente robustos de mais de 2 bilhões de reais em pavimentação de rodovias dentro do Estado para acessar a rota. A ponte entre o Paraná e Mato Grosso do Sul, olhando para a rota. Então, vai se desdobrando numa série de investimentos para todas as regiões do País. O Chile apresentou hoje aqui um plano de investimento e o Brasil tem investimentos tanto do governo federal quanto do Governo do Estado. Em 2027, a expectativa é que a rota esteja operacional. Isso é extremamente positivo para todos os envolvidos. O Mato Grosso do Sul sozinho exportou ao Chile 209 milhões de dólares em 2024 e importou 197 milhões de dólares. Estamos com uma expectativa de um aumento muito significativo diante dos sinais do empresariado em relação às oportunidades apresentadas aqui”, completou Riedel.
Ao fazer uma apresentação sobre as cinco rotas previstas de integração comercial sul-americana, a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou que todas estão contempladas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e que a ponte que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, já está com 70% das obras concluídas. com prazo de entrega para maio de 2026 . “Há pelo menos 50 anos, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina conversam sobre essa rota bioceânica. A Rota 4 [Bioceânica] significa investimentos e negócios. Sabemos que o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Chile. O povo chileno já é a terceira maior população turística. Quando falamos de turismo, estamos falando da indústria, estamos falando de integração”, completou a ministra.
“Representar a UEMS num evento desta relevância, a convite do Ministério de Planejamento e Orçamento, é uma honra. É um capítulo muito importante da contribuição de nossa Universidade para o Brasil, o MS e os demais países que compõem a Rota Biocêanica. Estar presente aqui reflete a participação ativa da UEMS do desenvolvimento do nosso Estado, com parcerias públicas e privadas, no sentido de melhorar a vida da sociedade. Apresentar as potencialidades do programa UEMS na Rota é essencial para compreendermos os desdobramentos deste importante eixo trabalhado por mais de uma centena de pesquisadores de nossa intuição”, destacou Laércio.
Contexto da reunião bilateral Brasil-Chile
O presidente do Chile, Gabriel Boric, chegou ao Brasil nesta terça (22), sendo recebido pelo presidente Lula e ministros do Governo Federal, entre eles a ministra Simone Tebet (MPO). Os dois presidentes reforçaram no encontro a importância de promover a integração comercial entre os dois países. O presidente Lula citou o projeto das 5 Rotas de Integração Sul-Americana, liderado pelo MPO, apontando que é uma prioridade para o atual governo.
Durante a tarde ocorreu o Fórum Empresarial Brasil-Chile que reuniu autoridades dos dois países e líderes empresariais com um objetivo claro: destravar o imenso potencial comercial da região, encurtando distâncias e reduzindo custos com a criação das Rotas. Dados do MPO apontam que é urgente ampliar o intercâmbio regional, hoje, muito abaixo dos níveis observados na Europa (62%), na Ásia (58%) e na América do Norte (40%). No Brasil, conforme o secretário de Articulação Institucional do MPO, João Villaverde.
Foram assinados 13 acordos e memorandos entre os dois países em diversas áreas como justiça e segurança pública, defesa, ciência e tecnologia, cultura, pesca e aquicultura, agricultura, pecuária e inteligência artificial. Um dos principais pontos abordados durante a reunião bilateral de Boric e Lula foi a necessidade de aprimorar a infraestrutura regional.
Entre os projetos nessa área está o Rotas de Integração Sul-Americana, com enfoque especial nos avanços da Rota Bioceânica de Capricórnio, que liga os portos brasileiros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, aos portos de Iquique, Mejillones e Antofagasta, no Chile. A previsão é que a infraestrutura dessa rota seja concluída até 2026, ainda durante o atual mandato do presidente Lula.
De janeiro a março de 2025, o intercâmbio comercial entre os países foi de cerca de US$ 2,7 bilhões. No período, o Brasil exportou US$ 1,56 bilhão e importou US$ 1,21 bilhão, o que fez com que o país atingisse um superávit de US$ 350 milhões. Entre os principais produtos brasileiros exportados ao Chile, encontram-se óleos brutos de petróleo, carnes, automóveis e tratores. O Brasil, por sua vez, importa do Chile principalmente salmão, vinhos e derivados de cobre.

O Brasil concentra o maior estoque de investimentos externos chilenos no mundo, e as empresas chilenas que atuam no Brasil se distribuem por áreas tão distintas quanto papel e celulose, varejo e energia. O Brasil, por sua vez, registra investimentos na economia chilena em setores como energia, serviços financeiros, alimentos, mineração, siderurgia, construção e fármacos.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, chegou ao Brasil nesta terça (22/4). Pela manhã ele foi recebido pelo presidente Lula e ministros do Governo, entre eles a ministra Simone Tebet. Os dois presidentes reforçaram no encontro a importância de promover a integração comercial entre os dois países. O presidente Lula citou o projeto das 5 Rotas de Integração Sul-Americana, liderado aqui pelo #MPO, apontando que é uma prioridade para o seu governo.
Durante a tarde ocorreu o Fórum Empresarial Brasil-Chile que reuniu autoridades dos dois países e líderes empresariais com um objetivo claro: destravar o imenso potencial comercial da região, encurtando distâncias e reduzindo custos com a criação das Rotas.
A visita de Boric ao Brasil reforça não apenas a cooperação bilateral, mas também a importância da integração regional frente a um ambiente global desafiador. Com a nova rota bioceânica em andamento e esforços para manter mercados abertos, o Chile aposta em parcerias estratégicas para garantir crescimento e estabilidade.
O Programa Institucional UEMS na Rota
O Programa UEMS na Rota Bioceânica reúne 138 pesquisadores da UEMS, 87 bolsistas de PIBIC, PIBEX e Stricto Sensu. É pioneiro no Estado de Mato Grosso do Sul por reunir de forma transdisciplinar significativa, número de pesquisadores voltados para a busca de resultados para a sociedade, com foco no Corredor Bioceânico.
Trata-se de uma iniciativa inovadora para o desenvolvimento de ações, produções de dados científicos, indicadores de investimentos, resultados de estudos, produtos gerados por bolsistas e pesquisadores, bem como de acompanhamento e monitoramento das ações de pesquisa, extensão e ensino, nas mais diversas áreas multidisciplinares.
O Programa busca fornecer resultados que impactam a sociedade no corredor bioceânico. De forma inovadora e integrada, o projeto busca promover e fomentar o desenvolvimento econômico e social sustentável de pesquisas, extensão e ensino nas mais diversas áreas multidisciplinares dos mais altos graus acadêmicos de especialidades.
Para atender as exigências e as demandas, serão contemplados: cartas de serviços, cursos de qualificação e capacitação, ações sociais nas comunidades, treinamentos, consultorias, planejamentos estratégicos e desenvolvimento de tecnologias. Os produtos do Programa UEMS na Rota são importantes para subsidiar o planejamento de políticas públicas como vistas a preparar, acompanhar e dar suporte às esferas federal, estadual e municipal, nas instâncias educacional, social, cultural, científica, política e econômica.
Coordenado pelo prof. Dr. Ruberval Maciel, o UEMS na Rota integra um eixo importante de projetos institucionais da UEMS inseridos nos Contratos de Gestão do Governo Estadual de Mato Grosso do Sul. Com informações da Agência Gov, do Governo Federal, e da Agência de Notícias do Estado de MS, pelo repórter Alexandre Gonzaga.
Fonte: UEMS