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Rota Bioceânica promete impulsionar economia sul-americana e abrir novas fronteiras comerciais

A Rota Bioceânica de Capricórnio avança como uma das principais apostas para integrar a América do Sul e destravar oportunidades econômicas estratégicas para o continente. Conectando os oceanos Atlântico e Pacífico por terra, o corredor logístico atravessa Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, prometendo transformar a logística regional e abrir novos caminhos para as exportações sul-americanas.

Menos custos e mais competitividade para o Brasil

Para o Brasil, especialmente para estados do Centro-Oeste como Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, a rota significa um ganho expressivo de competitividade. A promessa é clara: reduzir custos de transporte e encurtar o caminho até os portos do Pacífico, facilitando o acesso a mercados asiáticos como China, Japão e Coreia do Sul.

Estudos apontam que os custos logísticos podem cair até 30% com a nova rota, especialmente para exportações do agronegócio e do setor mineral, que hoje dependem majoritariamente dos portos do Sudeste brasileiro.

“Mais do que um caminho para escoar mercadorias, a rota é uma plataforma para gerar emprego, atrair investimentos e fortalecer os laços econômicos entre os países parceiros,” destacou o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Impacto também no turismo e nos serviços

Além dos ganhos comerciais, o corredor bioceânico deve impulsionar o turismo entre os países vizinhos, facilitando viagens rodoviárias para destinos no Chile e na Argentina, e promovendo a integração cultural e econômica da região.

A expectativa é de que o fluxo de visitantes aumente, beneficiando redes de hotéis, restaurantes, serviços de transporte e operadores turísticos ao longo do trajeto. Autoridades também projetam um efeito positivo em investimentos em infraestrutura, com melhorias em rodovias, ferrovias e terminais logísticos.

Boric e Lula se reúnem para acelerar a rota

O tema estará em destaque no cenário político nas próximas semanas. O presidente do Chile, Gabriel Boric, desembarca no Brasil entre os dias 22 e 23 de abril para uma reunião estratégica com o presidente Lula. Entre as prioridades da visita, está justamente a rota bioceânica.

Boric já propôs, inclusive, a realização de um seminário conjunto entre autoridades chilenas e brasileiras para debater os impactos econômicos, logísticos e turísticos do projeto.

“A rota bioceânica é mais que um corredor logístico: é uma oportunidade histórica para aproximar países, encurtar distâncias e impulsionar a economia regional,” reforçou o presidente chileno em recente declaração.

Integração sul-americana em foco

A concretização da rota bioceânica pode marcar um divisor de águas para a integração produtiva da América do Sul, estimulando novos investimentos e fortalecendo a presença da região no comércio global. A expectativa é que, com o avanço do projeto, os países sul-americanos conquistem mais autonomia logística e ampliem sua competitividade internacional.

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