Pedágio da Ponte Rosario-Victoria: Fim da concessão e início da incerteza
ROSÁRIO. Nesta terça-feira (04/08), terminou a concessão de pedágio da ponte Rosario-Victoria, administrada pela empresa Caminos del Río Uruguay (Crusa), o que gerou insegurança no emprego para cerca de 500 trabalhadores, já que não há sequer um edital de licitação para dar continuidade à gestão do corredor.
Inicialmente, a Administração Nacional de Rodovias ficará responsável, sem detalhes sobre quais tarefas ela assumirá até que uma nova empresa, sob o paradigma de privatização anunciado pelo governo, substitua a Crusa.
A decisão foi oficializada por meio da Resolução 565/2025, que autoriza a agência a assumir os trechos que ligam as províncias de Santa Fé e Entre Ríos, além de outras rotas estratégicas ao longo da costa argentina.
A medida também envolve a remoção de barreiras de pedágio em cinco estações localizadas em pontos-chave do Corredor 18: Zárate (km 85,4 da RN 12), Colonia Elía (km 100,74 da RN 14), Yeruá (km 240,21 da RN 14), Piedritas (km 362,6 da RN 14) e Isla Deseada (km 5,2 da RN 174).
Fim da concessão da Ponte Rosário-Victoria: Incerteza total
Nesse sentido, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Pedágio e Afins (SUTPA) denunciou a falta de comunicação oficial tanto da empresa quanto da Administração Nacional de Rodovias (NRA), entidade que assumirá o controle da rota.
A esse respeito, Cristian Pallé, secretário-geral da Sutpa em Santa Fé, afirmou que não houve comunicação aos trabalhadores, mas que eles foram informados sobre o último dia pela mídia. Por esse motivo, os trabalhadores realizaram uma vigília na praça de pedágio, expressando sua preocupação com a falta de garantias quanto à continuidade do emprego e ao pagamento de indenizações. Eles também observaram que o término da concessão pode afetar a manutenção diária da ponte e a assistência em condições como neblina, tarefas anteriormente realizadas por funcionários do pedágio.

Com o fim da concessão, 500 trabalhadores ficam nas ruas.
Com o fim da concessão, 500 trabalhadores estão sem trabalho. A agora ex-concessionária já anunciou que não pagará indenização. Não há sequer qualquer indicação de que o Departamento de Rodovias pagará salários durante a transição.
Da mesma forma, Sutpa solicitou que o governo nacional estendesse temporariamente a concessão ou implementasse medidas para garantir a continuidade do emprego dos trabalhadores afetados. Contudo, até o momento, nenhuma resposta concreta foi recebida das autoridades competentes.
O governo ainda não finalizou o edital de licitação para uma nova concessão na Rodovia 174. Segundo relatos, o processo de licitação incluirá um pacote de obras obrigatórias para o futuro contratante. Entre outras coisas, o reparo das lajes na entrada de Victoria, melhorias nas cabines, uma reforma completa do sistema de iluminação e a instalação de novos painéis informativos.
No entanto, sem a renovação da concessão, sem condições de substituição e muito menos com a indicação de quem assumirá a gestão do corredor e em que condições, tudo permanece uma incógnita.
Rota estratégica para o comércio
A Ponte Rosário-Victoria desempenha um papel fundamental como corredor logístico e de integração regional. Faz parte da conexão bioceânica que liga o centro do país ao Brasil e é uma das rotas mais movimentadas para o transporte de cargas entre Santa Fé e Entre Ríos. O estado de deterioração da via e a falta de manutenção nos últimos anos têm sido alvo de reclamações recorrentes de usuários, transportadores e autoridades locais.
Fonte: Urgente 24