Homenagem a Heitor Miranda: tramitação de PL para nomeação de ponte enfrenta atraso
A tramitação do Projeto de Lei nº 780/2023, que propõe nomear o trecho brasileiro da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai), como “Ponte Heitor Miranda dos Santos”, sofreu um pequeno atraso recentemente. O projeto, apresentado em março de 2023 pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS), estava sob relatoria do deputado Abílio Brunini (PL-MT) na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. No entanto, em dezembro de 2023, Brunini se afastou do cargo após ser eleito prefeito de Cuiabá, o que interrompeu temporariamente o andamento da proposta.
A ponte em questão é uma obra estratégica para a integração latino-americana, conectando as cidades fronteiriças de Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Essa ligação faz parte do Corredor Bioceânico, um projeto que visa facilitar o transporte de cargas e passageiros entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, criando uma rota direta entre o Oceano Atlântico e o Pacífico. A construção da ponte, iniciada em dezembro de 2021, tem previsão de conclusão para 2025.
Heitor Miranda dos Santos, nascido em Porto Murtinho em 28 de abril de 1953, foi promotor de Justiça, advogado e prefeito de sua cidade natal entre 2013 e 2016. Ele era irmão do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT. Heitor foi um dos maiores defensores da construção da Rota Bioceânica, trabalhando desde os anos 1980 para convencer autoridades nacionais e internacionais sobre a importância desse corredor para o desenvolvimento da região Centro-Oeste e para a melhoria do transporte entre os países envolvidos.
A proposta de nomear a ponte em sua homenagem é vista como um reconhecimento por sua dedicação e empenho na promoção do desenvolvimento regional e na integração latino-americana.
Com a necessidade de designar um novo relator para o projeto na Comissão de Cultura, espera-se que a tramitação seja retomada em breve, permitindo que a homenagem a Heitor Miranda dos Santos seja oficializada e eternizada na infraestrutura que ele tanto defendeu.
Com informações: Coluna Fernando Soares/Midiamax