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Fórum Brasil-Chile discute potencial de negócios na Rota Bioceânica

O governo do Mato Grosso do Sul participou em Brasília, do Fórum Empresarial Brasil-Chile, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O encontro reuniu autoridades e empresários dos dois países para discutir as rotas de integração sul-americana, com destaque para a Rota Bioceânica de Capricórnio.

Durante o evento, o governador Eduardo Riedel (PSDB) participou da mesa redonda “Oportunidades de Negócios e Investimentos para o Corredor Bioceânico” e afirmou que a previsão é que a rota esteja operacional em 2027.

Segundo ele, o Estado está investindo mais de R$ 2 bilhões em pavimentação de rodovias para facilitar o acesso à rota e mencionou também a construção da ponte entre Paraná e Mato Grosso do Sul. Riedel informou que, em 2024, o Mato Grosso do Sul exportou ao Chile US$ 209 milhões e importou US$ 197 milhões.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também participou do fórum. Ela explicou que a Rota Bioceânica atravessará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, com mais de 2.400 km de extensão, e poderá reduzir o custo de produtos como carne e pescados.

Segundo Tebet, a ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai) já está 70% concluída, com entrega prevista para maio de 2026. Ela afirmou ainda que todas as cinco rotas de integração estão incluídas no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O presidente do Chile, Gabriel Boric, esteve presente junto com o ministro da Economia, Desenvolvimento e Turismo do Chile, Nicolás Grau. O presidente da Fiems e vice-presidente da CNI, Sérgio Longen, também participou do encontro.

Durante a visita oficial ao Brasil, Boric assinou 13 acordos comerciais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De janeiro a março de 2025, o comércio entre Brasil e Chile somou US$ 2,7 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 1,56 bilhão e importações de US$ 1,21 bilhão.

Os principais produtos exportados pelo Brasil ao Chile são óleos brutos de petróleo, carnes, automóveis e tratores. O país importa do Chile salmão, vinhos e cobre. O Brasil é o maior destino de investimentos chilenos no mundo, com empresas atuando em áreas como papel e celulose, varejo e energia. Em contrapartida, o Brasil também investe no Chile em setores como energia, alimentos, mineração, construção e farmacêutica.

A Rota Bioceânica de Capricórnio é uma das cinco rotas de integração previstas pelo governo federal. O PAC prevê 190 obras para os corredores logísticos, incluindo rodovias, portos, ferrovias, aeroportos e outras estruturas. O investimento total é de US$ 10 bilhões, com recursos do BNDES, BID, CAF e Fonplata.

A expectativa é que a Rota Bioceânica reduza em até 10 dias o tempo de transporte de cargas entre o Brasil e países da Ásia, por meio dos portos chilenos de Antofagasta, Iquique e Mejillones.

Fonte: Campo Grande News

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