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Corredor Bioceânico busca impulsionar comércio global do Brasil

Brasil, Paraguai, Argentina e Chile estão empenhados em concretizar um projeto de integração continental que pretende mudar a dinâmica logística da região: o Corredor Rodoviário Bioceânico. A iniciativa prevê uma conexão terrestre entre o Atlântico e o Pacífico, criando uma nova rota para o transporte de cargas e reduzindo a dependência do Canal do Panamá.

A infraestrutura, com cerca de 2.400 quilômetros, deve ligar os portos chilenos de Antofagasta, Iquique e Mejillones a portos da região Sul do Brasil e do estado de São Paulo, cruzando zonas estratégicas e fronteiras dos quatro países envolvidos. O trajeto foi desenhado para favorecer o escoamento de produtos sul-americanos de forma mais direta e econômica.

Com investimento estimado em até US$ 10 bilhões, o corredor inclui obras de estradas, pontes e modernização de pontos de fronteira. A conclusão está prevista para 2026, mais de uma década após a assinatura da Declaração de Assunção, documento que oficializou a parceria entre os governos.

A expectativa é de que o novo eixo de transporte fortaleça os vínculos regionais, atraia investimentos e torne o continente mais competitivo no cenário do comércio internacional.

Economia brasileira

Com a concretização do projeto, o Corredor Bioceânico deve trazer benefícios econômicos significativos ao Brasil, especialmente para estados como o Mato Grosso do Sul, que tende a ser um dos mais favorecidos. A nova rota permitirá reduzir custos logísticos e encurtar distâncias, o que tornará as exportações como a de carne bovina mais ágeis e competitivas no mercado internacional.

O setor de transporte também será beneficiado com a interligação entre os quatro países e a melhoria da infraestrutura rodoviária. Com o aumento do fluxo de cargas, a expectativa é que o PIB sul-mato-grossense seja impulsionado, consolidando o estado como um hub estratégico para a exportação de produtos brasileiros.

Ásia

Na última semana, representantes do governo da China estiveram no Brasil para reuniões com autoridades brasileiras com o objetivo de conhecer os projetos de infraestrutura e discutir a construção do Corredor Bioceânico. A rota alternativa pelo Oceano Pacífico deve facilitar o acesso do Brasil e de outros países da América Latina aos mercados asiáticos, conforme divulgado pela mídia local.

“Estamos honrados em receber a delegação chinesa. Esta é uma oportunidade de estreitar nossos laços e mostrar a viabilidade para a construção desse corredor”, afirmou o Secretário Especial do Novo PAC, Maurício Muniz.

Brasil e Chile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira com o presidente do Chile, Gabriel Boric, para a assinatura de 13 acordos e memorandos de entendimento entre os dois países. Para Lula, os países da América do Sul precisam atuar de forma articulada para promover um desenvolvimento regional integrado, conforme destacou a Agência Brasil.

Um dos principais temas discutidos foi a Rota Bioceânica, que conectará os portos brasileiros nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina aos portos chilenos de Iquique, Mejillones e Antofagasta. Segundo Boric, o encontro teve como objetivo promover o “desenvolvimento dos nossos povos”, em referência à parceria entre Brasil e Chile.

Da Agência Fonte Exclusiva, com informações da RT Brasil/ Portal Viu

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